sábado, 1 de outubro de 2011

O que se diz por aí.

Há quem diga que os políticos devem liderar pelo exemplo. Concordo!
Há quem diga que os políticos devem agir sempre defendendo a causa pública. Concordo!


Há quem diga que ser político é uma profissão. Discordo!


Exemplos na política há poucos, muito poucos mesmo. Hoje já ninguém lidera por exemplo, nenhum político consegue cativar o povo por ser aquele que possuí absoluta integridade. Os poucos que são vistos dessa maneira, não estão, infelizmente, na política activa.
As acções, os gestos, a forma como se tomam posições, descredibiliza o agente político, levando a que a esmagadora maioria das pessoas não se reveja na classe política: aldrabões, gatunos, ladrões... São talvez os termos mais suaves com que o eleitor descreve aqueles em quem vota.
Diremos então que o eleitor é burro por não "votar bem"?!? Não, o "fenómeno" é tão grande que já se começa a perceber que o problema é da classe política. Já se começa a perceber que é quase igual votar à esquerda ou à direita porque muitos nem sabem quais os ideias do partido que defendem e pelo qual são eleitos (Algo que devia ser "ensinado" pelas juventudes políticas, mas não raras vezes os dirigentes dessas "Jotas" nem sabem a sua ideologia)! Que se incutam valores nestas novas gerações!

Os interesses pessoais são mais fortes do que aquele que é o interesse público, o interesse dos cidadãos. As luvas, os sacos, e outros termos usados para definir os ganhos ilícitos dos governantes têm várias cores: branco, azul, laranja, etc, mas, no final de contas, tudo é "lucro" que os altos (e até menos altos) responsáveis pela vida política se apropriam ilegalmente. Alguém saberá sequer dizer o que é a causa pública?!?
Será pela causa pública que se constrói uma estrada que traz grandes proveitos à população por X dinheiros, ou será pela causa pública que se constrói essa mesma estrada pelo dobro de X, só porque o empreiteiro é amigo?!?
Fica no ar a questão de saber o que é afinal esta causa pública...


Ser político é talvez a actividade que está mais em voga no momento, mais "in".
Há quem diga que é a profissão certa para quem quer enriquecer sem fazer nenhum. Pois bem, ser político não é nenhuma profissão. Afirmo isto com base nos dois primeiros postulados através dos quais desenvolvi este post. Se é unânime que o bom político lidera pelo exemplo e serve a causa pública, então a política será porventura a área onde há os piores profissionais! Daí não querer considerar o ser político uma profissão! Era mau demais haver uma profissão neste país com tão baixos "níveis de produtividade" (expressão que pegou de estaca actualmente).

Este post é acompanhado por um constante sentimento de que se está a cometer uma falácia: a falácia da generalização! Há esse risco. Há o risco de que os leitores não se identifiquem com este post por estar "a meter toda a gente no mesmo saco", mas é mesmo isso que se pretende, consciencializar a sociedade, quiçá através de hipérboles, de que é preciso mudar mentalidades e tentar alcançar um estádio que permita a toda população confiar em toda uma classe política caduca!

3 comentários:

  1. "...não raras vezes os dirigentes dessas "Jotas" nem sabem a sua ideologia..."
    Ora nem mais!!! Na Madeira temos um enorme exemplo desses.

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  2. "enorme exemplo"?? diria mais "incontinente"!!

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  3. Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

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