sexta-feira, 25 de novembro de 2011

JSD apela à sensibilização contra a prática de violência no namoro juvenil



Quando a causa é nobre, particularmente no que toca a mudança de mentalidades, a meta é sempre difícil de atingir. Já caminhamos um longo e ardiloso caminho de melhoria da realidade no que toca a violência praticada contra mulheres em Portugal, mas as 23 mulheres vítimas mortais de violência doméstica em 2011 compõem um número que envergonha todos nós, particularmente a juventude.

Hoje assinala-se o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres num Mundo em que a mulher continua a ser vítima preferencial no seu lar e nos palcos de guerra simplesmente devido ao seu género. Em pleno século XXI a violência humana continua a ser predominantemente marcada pela testosterona, sendo por isso fundamental centrar as campanhas de sensibilização no agressor, bem como na vítima.

Nesse sentido a JSD condena veementemente a justiça de um país como o Afeganistão, onde ainda esta semana foi noticiada que uma mulher vítima de violação foi julgada por adultério e condenada a 12 anos de prisão. O caminho para a democracia nunca pode ignorar a igualdade de género, independentemente de todas as idiossincrasias regionais locais.

Na realidade nacional portuguesa, a Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género é uma peça chave na luta contra este tipo de violência, sendo fundamental exortar tanto as mulheres como os homens para não normalizarem situações de violência doméstica.

Logo, a JSD solidariza-se com as campanhas de sensibilização da população, chamando a atenção para a prática de violência no namoro juvenil pois é imperativo tomar acção na raiz do problema, antes que se cimentem práticas e submissões nefastas. É fundamental promover o respeito mútuo como base de qualquer relacionamento, combatendo assim os comportamentos de misoginia agressiva que teimam em persistir no nosso país. Porque a igualdade de género tem um papel basilar no desenvolvimento da nossa nação, tanto em matéria de direitos fundamentais dos cidadãos como em termos práticos socioeconómicos.