quinta-feira, 6 de outubro de 2011

O futuro é?


Há dias assistia a um documentário sobre teorias da conspiração relacionadas com o 11 de Setembro, onde cientistas, politólogos e alguns demagogos extrapolavam conjecturas e hipóteses quase a contestar os relatos do acontecido, a existência do avião no Pentágono, etc.


Uma das entrevistadas a certa altura exortava para o fim destas teorias da conspiração argumentando que estas retiravam a importância e desvalorizavam as vítimas.


Enquanto se discutem estas hipóteses e teorias esquecemo-nos do que realmente importa, as pessoas, as que partiram e as que ficaram e perderam alguém importante na sua vida.


O mesmo podemos aplicar a outros casos, como por exemplo à conjuntura que vivemos actualmente no nosso País e Região. Numa altura em que muito se discute teorias, hipóteses, especulações, culpas, responsabilidades, erros e transgressões, que com certeza têm o seu espaço de discussão e preocupação, pouco tempo se gasta a debater ou a apresentar ideias para quem realmente é importante, as pessoas.



Que soluções têm para a nossa população? O que podemos fazer para melhorar a vida das pessoas? O que podem e vão fazer os políticos eleitos pela população do nosso país? Quando é que se vai acabar de fazer contas, arranjar culpados, discutir teorias, fazer política básica, repreender, atacar, ofender e começar a pensar nas pessoas?


No panorama actual assistimos a debates, análises, campanhas onde os intervenientes se limitam a apontar o dedo a culpados por termos chegado onde chegámos, quem paga o quê, quando e como, quem tem que sair ou ficar… sedentos da vontade de se sentarem numa “cadeira” mas sem mostrar verdadeiramente o que vão fazer quando lá chegar.


Mergulhados em défice, troika, dívidas e outros palavrões afins, não nos estaremos a esquecer do que realmente importa? Como salvar as famílias? Como controlar a crise social? O que podemos fazer, ainda que com menos ,para salvaguardar o bem-estar das populações?


Vive-se o momento de apontar o dedo a este, aquele e ao outro, protesta-se contra a situação actual, contesta-se o que foi feito, reivindica-se o direito de não estar a passar por todas as contrariedades, fazem-se contas de quanto se desperdiçou, gastou inutilmente e do pouco que sobrou. Mas quando irá chegar a altura de calmamente nos conformarmos com a realidade, de um modo sensato elaborar um plano estratégico e seguir em frente? E principalmente, falar para as pessoas e com as pessoas?


Para que exista a tão necessária empatia entre políticos e população.

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