quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Inspirações...
sábado, 24 de setembro de 2011
Regresso ao Futuro
Há valor intrínseco nisso. As nossas escolhas são, por definição, mais agradáveis do que aquilo que nos é imposto.
Os nossos pais perceberam-no. Foram a geração que conquistou esse espaço, e sentiu o prazer de dominar o seu destino. Em grande medida, facilitaram-nos a vida. Deram-nos educação, acessibilidades, cuidados de saúde e confortos materiais muito superiores aos deles. Foi um trabalho assinalável, não raras vezes conquistado à adversidade.
Mas a Autonomia tem um reverso. Não se diz a ninguém, mas a verdade é que as minhas noites tanto podiam acabar aos beijos inquietos com uma miúda no cais, como a vomitar a bílis numa casa de banho medieval com “água” pelos joelhos.
A Autonomia, como todas as liberdades, é também um espaço de abandono, cruel abandono às consequências das nossas escolhas. Onde qualquer pedido de apoio é imediatamente sancionado com um “desenrasca-te”, ou, pior, uma perda do direito de sair à noite.
A Autonomia é uma coisa delicada. Os mais novos sentem essa fragilidade com especial acutilância. A crise pôs em causa a cantiga em que foram educados, aquela pela qual regraram as suas expectativas.
Não é uma desvantagem. Onerados com a regeneração da economia, da política, e da própria sociedade, são sobretudo os jovens que possuem a criatividade, o empreendedorismo e o espírito crítico para, sedimentados sobre a obra da geração anterior, erguer uma política centrada nas pessoas: a única forma de levantar a hipoteca sobre os nossos recursos e criar valor suficiente para nos libertarmos do garrote financeiro (e até político) que nos ameaça o horizonte.
O futuro será de quem lhes der uma voz, e de quem tiver a coragem de premiar a independência necessária para pensar e aplicar a sua própria visão. Como tiveram a coragem de fazer com os seus pais, antes deles. Para que esta noite amanheça no cais.
sexta-feira, 23 de setembro de 2011
Porque há gerações e gerações.
João Vares Luís
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
Sem Rótulos nem Generalizações...
Exortar a apontar defeitos e falhas mas num esquecimento constante de realçar o bem feito e com qualidade, como que uma tendência para dizer mal por dizer, em nome da liberdade de pensamento e dos direitos democráticos. Somos livres se formos do contra? Ou somos livres se formos firmes nos nossos ideais e nas nossas convicções e a eles nos mantivermos fiéis?
Recorrer aos rótulos ou às generalizações não será, para além de pouco sensato pouco democrático? Em democracia não teremos todos o direito de acreditarmos e apoiarmos quem quisermos? De seguirmos a linha que nos parece fazer mais sentido sem que para isso se recorra logo a associações?
Perde-se tempo na rotulagem e na generalização que podia ser muito bem gasto a debater ou a ouvir ideias. Um verdadeiro fechar da mente porque para criticar é preciso conhecer e se à partida o nosso confronto já vem recheado de rótulos e generalizações, não há sequer espaço nem tempo para mais nada.
Pertencer a um partido para muitos é uma questão de ideais e em todos existem pessoas convictas, outras menos convictas, com qualidade ou com menos qualidade, mas para conhecer a verdadeira essência do outro é preciso deixar os rótulos e as generalizações à porta. Vamos ser verdadeiros democratas, seguir ideais, convicções mas debater ideias sem recorrer a argumentos que pouco dignificam a liberdade de expressão e pensamento.
terça-feira, 20 de setembro de 2011
Olho da tempestade
Intervenção Activa
Francisco Sá Carneiro (12 de Outubro de 1969)
Cada geração tem o seu papel na história, conforme a época que atravessa, marcada por perspectivas, contrariedades, facilidades, vicissitudes, momentos que a caracterizam. Avançamos para a modernização do pensamento e para a evolução das economias e das sociedades, por isso cabe a cada geração honrar o legado que recebe, sabendo dar-lhe continuidade com tudo o que o caracteriza de bom e de mau.
Nós somos a geração da Autonomia. Já nascemos Autónomos, pelo esforço e empenho de gerações anteriores que assim o permitiram. Não seja esse um factor inibidor de conhecermos e valorizarmos a importância de termos nascido numa Região Autónoma. Muito pelo contrário, é nossa obrigação instruirmo-nos sobre o nosso passado, anterior à Autonomia, as dificuldades e contrariedades enfrentadas e reconhecer a mais-valia de sermos, hoje em dia, uma Região Autónoma.
O conhecimento permite uma intervenção activa, consciente e ponderada, ciente da realidade. Compreender e conhecer o passado para assim agir e intervir no presente por um futuro melhor. No entanto, a Autonomia é um conceito dinâmico, que necessita, a todo o momento, de ser trabalhado e consolidado.
Sejamos então a Geração da Autonomia, aquela que reconhece o percurso percorrido e o legado deixado, que se empenha no presente consciente das dificuldades, sem esperar somente facilidades, lutando pelos seus direitos mas cumprindo com o seu dever cívico de ser o melhor que conseguirmos na nossa sociedade. Não queremos só receber, queremos também dar o nosso contributo.
Cada geração deve fazer o melhor, com aquilo que tem ao seu dispor. Faremos o nosso melhor com o cenário que temos, tal como, as gerações anteriores também fizeram. Mantenhamos no nosso horizonte a visão de um futuro melhor, alicerçado numa Autonomia cada vez mais sólida.
Seguindo o mote de Sá Carneiro não deixaremos as ideias definhar e as palavras se tornarem ocas, não deixaremos que todo o empenho pela Autonomia esmoreça pela descrença e pelo cepticismo conjugado com comportamentos de comodismo e imposição. Seremos activos, não nos limitaremos à crítica, mas sim à acção.
segunda-feira, 19 de setembro de 2011
Para mau entendedor, meia-notícia basta!
domingo, 18 de setembro de 2011
Autonomia de 1419-1976 a 2011
sábado, 17 de setembro de 2011
Debaixo do sol autonómico
Com este primeiro contributo neste novo espaço da blogosfera quero, antes de mais, louvar a iniciativa dos seus criadores que procuraram desta forma contribuir para o saudável alargamento do debate político, com especial incidência sobre a realidade socio-política regional madeirense e com um cunho especial da juventude.
Interessante é também a escolha do nome do blogue: Geração da Autonomia. Já é quase banal afirmar que nascemos na era da Autonomia Politico-Administrativa, pois é incontestável que a nossa geração cresceu (em todas as suas vertentes de desenvolvimento) sob o sol autonómico. Mas hoje a própria autonomia da juventude está penhorada. Penhorada aos recibos verdes, às decisões políticas tomadas no eixo Paris-Berlim, aos ratings das agências de notação financeira, e às demagógicas expectativas que nos foram colocadas no berço.
Autonomia não se herda. Conquista-se. Contudo, não se deve limitar este pensamento à tradicional dialéctica política centro-periferia. Deve-se, antes, estendê-lo a todos os níveis da vida dos jovens: autonomia de pensamento, autonomia moral e autonomia de acção.
A geração anterior à nossa foi capaz de questionar a hierarquia social e contrapô-la com um novo sistema autónomo que valoriza a integridade da realidade regional enquanto actor de valor próprio na política nacional. Se eles foram capaz disso, o que nos impede de pensar fora-da-caixa?
Que este blogue contribua positivamente para esse debate necessário e urgente.
RB
Memória curta!
1 - Aquando da aprovação da Lei de Finanças Regionais (LFR) - um duro golpe para a manutenção do Estado Social na Região e para a política de obras públicas em curso - a Região não podia ficar orfã destas políticas, optando-se assim por uma política de proximidade com as populações através da construção de escolas em todos os concelhos da RAM e de centros de saúde em todas as freguesias.
Contudo, esta questão tem levantado algumas variantes interessantes, desde o aproveitamento político até falhas de memória - que mais não passam de verdadeiras faltas de inteligência e de coerência. Tudo isto a começar com o Partido Socialista Nacional e com o seu líder Tozé (in)Seguro, uma vez que a acção que tem norteado estes dois agentes políticos é no mínimo inaceitável. Então o partido que levou Portugal ao estado em que está, que preconizou uma derrapagem orçamental com inúmeras facturas não declaradas e contribuiu para o despesismo regional tem legitimidade para criticar a situação madeirense?
Falta de memória e de coerência e aproveitamento político!
PS: Há notícias de que a PGR vai estudar e avaliar a dívida da Madeira! Se o fizer ao menos que o faça com transparência e verdade porque de "Freeport´s" e "Face Ocultas" Portugal está farto!
João Vares Luís
A caminho Outubro...
Bem-vindos!
Maurício Ornelas