Quando a causa é nobre, particularmente no que toca a mudança de
mentalidades, a meta é sempre difícil de atingir. Já caminhamos um longo
e ardiloso caminho de melhoria da realidade no que toca a violência
praticada contra mulheres em Portugal, mas as 23 mulheres vítimas
mortais de violência doméstica em 2011 compõem um número que envergonha
todos nós, particularmente a juventude.
Hoje assinala-se o
Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres num
Mundo em que a mulher continua a ser vítima preferencial no seu lar e
nos palcos de guerra simplesmente devido ao seu género. Em pleno século
XXI a violência humana continua a ser predominantemente marcada pela
testosterona, sendo por isso fundamental centrar as campanhas de
sensibilização no agressor, bem como na vítima.
Nesse
sentido a JSD condena veementemente a justiça de um país como o
Afeganistão, onde ainda esta semana foi noticiada que uma mulher vítima
de violação foi julgada por adultério e condenada a 12 anos de prisão. O
caminho para a democracia nunca pode ignorar a igualdade de género,
independentemente de todas as idiossincrasias regionais locais.
Na
realidade nacional portuguesa, a Comissão para a Cidadania e Igualdade
de Género é uma peça chave na luta contra este tipo de violência, sendo
fundamental exortar tanto as mulheres como os homens para não
normalizarem situações de violência doméstica.
Logo, a JSD solidariza-se com as campanhas de sensibilização da população, chamando a atenção para a prática de violência no namoro juvenil pois é
imperativo tomar acção na raiz do problema, antes que se cimentem
práticas e submissões nefastas. É fundamental promover o respeito mútuo
como base de qualquer relacionamento, combatendo assim os comportamentos
de misoginia agressiva que teimam em persistir no nosso país. Porque a
igualdade de género tem um papel basilar no desenvolvimento da nossa
nação, tanto em matéria de direitos fundamentais dos cidadãos como em
termos práticos socioeconómicos.
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